quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rafinha foi um dos destaques alviverdes em 2010

O Paraná on line trás uma materia especial contando a breve e vitoriosa trajetoria de Rafinha no futebol paranense. Em minha opinião o melhor jogador do ano de 2010.

Redação

Allan Costa Pinto

Primeiro, Rafael da Silva Francisco queria jogar futebol. Era difícil, pois seus “donos” não permitiam. Quando permitiram, ele começou a se divertir. Quando ficou divertido, de novo foi impedido.

Foi assim até 2009, quando Rafael apareceu em Curitiba, tornou-se Rafinha e virou um dos principais jogadores do Paraná Clube. A partir daí, jogar futebol ficou legal.

Para ele, ficou mais ainda neste 2010, indo para o Coritiba, sendo talvez o jogador mais regular do futebol paranaense na temporada e virando ídolo alviverde no elenco que garantiu o retorno à Primeira Divisão.

Para ficar perfeito, resta apenas a confirmação de sua “liberdade” e a renovação de contrato com o Coxa. Rafinha é um dos exemplos mais claros da nova realidade do futebol brasileiro, após a Lei Pelé.

Quando foi contratado pelo São Paulo, sonhava com a chance de brilhar no clube mais rico do País. Queria embarcar no sonho das conquistas de Brasileiros, de Libertadores, do Mundial. Ora, e quem não iria querer?
Mas o jogador nunca se firmou no Morumbi. Jogou pouco, quase nada com a camisa são-paulina. Os torcedores devem estar se perguntando, ao ver Rafinha no futebol paranaense, se não há lugar no time para o meia-direita de toques e dribles rápidos, de bom posicionamento, vitalidade e dedicação - certamente no elenco tricolor há.

Mesmo assim, ele sempre acabou como moeda de troca. No caso do Coritiba, a vinda do armador foi facilitada pelas transferências de Marcelinho e Carlinhos Paraíba. E a torcida coxa festeja o negócio até hoje.
Rafinha foi o primeiro reforço contratado pelo Cori na temporada 2010. No momento mais delicado do clube em sua história, ele não se preocupou com a possível pressão que os atletas receberiam.

Certamente sabia que seu nome era uma unanimidade no Alto da Glória, do técnico Ney Franco aos dirigentes e torcedores. Vestiu a camisa 7 e não a perdeu mais durante o ano - nem mesmo Tcheco, trazido a peso de ouro e consagrado no clube com a 7, teve moral para assumir o número e ficou com a 8 quando era titular.

Notícias Relacionadas

Mostrou serviço do primeiro ao último jogo deste ano. Foi decisivo na conquista do Campeonato Paranaense, quando ainda havia muita desconfiança sobre o novo elenco alviverde e mesmo sobre a permanência de Ney Franco.

Liderou o time no Estadual ao lado de Marcos Aurélio e Leandro Donizete e festejou logo em cima do Atlético seu primeiro título com a camisa coxa. Na Série B, teve alguns percalços (como o excesso de advertências), mas manteve a regularidade, foi um dos artilheiros do time na competição e hoje é peça fundamental em qualquer time que o Cori vá montar.
Por isso o clube entrou de vez na luta pela “alforria” de Rafinha. Mobilizou advogados, buscou guarida em especialistas de fora do Couto Pereira e partiu para encontrar uma brecha que permitisse ao jogador se desvincular do São Paulo.

Conseguiu-a na falta de depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos tempos de Paraná - o Tricolor paulista, como dono dos direitos federativos, acabou envolvido na história.

Rafinha, neste momento, tem uma liminar na Justiça do Trabalho que o permite jogar onde quiser. Espera a decisão final já com um pré-acerto com o Coritiba. Afinal, foi no Estado do Paraná que ele conseguiu se libertar e fazer o que mais gosta: jogar futebol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.