quarta-feira, 20 de junho de 2012

Relatorio

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A primeira palestra do dia 17 de junho tratava da INDÚSTRIA DO FUTEBOL, com o advogado Rodrigo Barp, especialista em marketing esportivo e relações internacionais.

O futebol foi apresentado como um importante produto em meio da globalização existente. O processo de globalização fazendo do futebol uma aldeia global esta acontecendo agora. O novo momento cobra dos executivos brasileiros um investimentos em novos mercados.

A globalização no futebol corresponde a verdadeira definição do processo, sendo talvez mais antigo e real, comparado com os demais mercados de investimentos mundiais. Este processo extrapola o treinamento esportivo do ramo do futebol profissional dentro de campo.

Estimulados pela invasão dos produtos das marcas dos gigantes americanos chegou o momento do melhor produto do mundo ser igualmente administrado pelo propicio mercado brasileiro. Segundo o especialista, a globalização deixou de ser uma opção. Ela é necessária e já começou.

Os gigantes do futebol mundial já haviam descoberto isto há alguns anos com eventos usados como ferramenta de marketing e estratégia de conquistar os mercados da Ásia, da Índia e até da América. As vendas de material licenciados dos clubes europeus em território brasileiro já é uma realidade. Os treinamentos e os amistosos preparatórios nas pré-temporadas, assim como as Colônias de férias do Milan e do Barcelona que são realizadas há anos na Ásia e na America Latina, evidenciam esta estratégia para atingir um publico cada vez mais jovem.

Esta última foi tema de apresentação da KLEFER, empresa de marketing esportivo carioca que desde 1983 administra vendas de cotas de patrocínios de diversos clubes brasileiros e até do Campeonato Paranaense.

Sendo de conhecimento publico de que todos os principais torneios e campeonatos do velho continente são transmitidos para todo o Brasil através da TV á cabo. Motivados pela desatenção e desorganização dos clubes brasileiros que só agora tentam se redimir nesta situação. Os Campeonatos Espanhol, Italiano, Alemão e até e o Argentino já são transmitidos com intensa participação de diversos torcedores por todo o continente brasileiro, interagindo durante as transmissões por meio da internet. A Eurocopa e Champions League dominam as resenhas esportivas dos canais de TV e dos encontros entre amigos. Argumento semelhante foi apresentado por Fernando Ferreira, da PLURI Consultoria em sua apresentação do Painel: A ESTRATEGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS CLUBES: É POSSÍVEL UM SUPER CLUBE BRASILEIRO.

Com tabelas e gráficos o professor Fernando, despertou a atenção de todos os presentes, detalhando os investimentos financeiros no futebol brasileiras onde pequenas parcelas do PIB interno do esporte, fica nos cofres dos clubes. Segundo pesquisas de sua empresa, que é especializada no assunto: 96 % do PIB transitam pelo futebol brasileiro, sem, no entanto enriquecer e trazer dividendos as instituições esportivas que fazem futebol. A maior parte do dinheiro fica nas mãos da TV e das empresas de CONSULTORIA E MARKETING ESPORTIVO.

As informações alertam inclusive, que o precipício entre os clubes do eixo RJ-SP com os clubes paranaenses tende á mudar drasticamente, perigo iminente que pode aumentar ainda mais as diferenças de investimentos dos clubes nos departamentos de futebol do Brasil.

Segundo, o advogado Rodrigo Barp, uma das medidas eficientes para mudar os paradigmas do futebol em nosso país, seria a associação do torcedor nas características de sócio torcedor, citando clubes com Barcelona na Europa e o Internacional na região sul brasileira.

A ferramenta foi confirmada em um dos “Cases” principais do Coritiba Foot Ball Clube e do advogado, onde a grande filiação de torcedores no “start” do NOVO MODELO DE PLANEJAMENTO DO CORITIBA FOOT BALL CLUBE, na novíssima rede social do clube, encontrada na grande rede de computadores, permitindo a filiação de qualquer torcedor espalhado pelo planeta.

Esta iniciativa é pioneira no futebol brasileiro, fazendo do Coritiba um dentre os dois clubes, que já oferecem ao seu torcedor esta condição de filiação e relacionamento com o clube. Uma nova versão estaria para ser lançada, permitindo ao filiado participação na vida política do clube. O torcedor associado, além de desfrutar das informações em primeiríssima mão, ainda participaria de promoções e da escolha dos membros dos conselhos gestores do clube. Esta medida pode ser meramente “populista”, encontrando problemas no envolvimento muito próximo com todos torcedores, inclusive membros das torcidas organizadas.

Esta proposta precisa ser aprovada pelos conselhos dos clubes, pois se representaria uma grande mudança nos seus respectivos processos eleitoral, sem precedentes no Brasil.

No segundo dia, os trabalhos foram abertos pelo moderador Prof. Rafael Zucon, na mesa redonda debatendo o tema: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO, com os coordenadores das categorias de base dos clubes da cidade.

Percebo a grande preocupação dos representantes dos clubes de Curitiba com a transição das categorias menores para o profissional. Fica evidente que o principal pilar das novas gestões do futebol brasileiro é a categoria de base. Todos os clubes do mundo fazem isto. Os clubes brasileiros já tinha esta preocupação, porém sem oferecer aos jovens as condições ideais para sua correta formação.

Além de fazer bem este papel, o clube tenta agora minimizar as frustrações dos jovens que muitas vezes ficam sem espaço no clube e precisam ser emprestados para clubes parceiros, que não sua grande maioria são de menor expressão para amadurecer e depois voltar. Neste contexto existe a necessidade de cobrar condições próximas das ideias nestes parceiros, como moradia, alimentação, local adequado de treinamento e de jogos.

Estas situações seriam minimizadas, se eles pudessem ser aproveitados nos clubes formadores, tendo um calendário de competições com jogos oficiais, com todo o acompanhamento necessário para esta perfeita maturação física, mental e a tática. Outro cuidado seria evitar os elencos numerosos com muitos jogadores de baixa qualificação, diminuindo o espaço dos meninos da base em seus clubes. Para Isto é necessário um maior índice de acertos em contratações e um melhor relacionamentos com empresários, que minam financeiramente muitos clubes por aí. Esta meta é traçada pelos executivos do futebol curitibano presentes no evento que reafirmam a importância das categorias de base.

A preocupação com a transição dos jovens é outra meta destes mesmos executivos, depois dos representantes da mídia presentes na mesa redonda do seminário. O representante do CFC foi incisivo e recorrente na cobrança de ética no trato de suas funções. Entendo que o projeto em clube de futebol precisa ser em longo prazo, analisando corretamente o trabalho desenvolvido, diminuindo a pressão por resultados. O que acontece no futebol brasileiro é a cobrança exagerada de resultados, desconsiderando o trabalho cientifico e coerente que é feito. E boa parte do problema reside na mídia. Esta importante função do esporte precisa ser feita com aquela ética e profissionalismo cobrada por Felipe Ximenes e pelo próprio Fair Play, ideologia maior do esporte mundial.

O Fair play que precisa ser o norteador da Copa do Mundo, apresentada pelo Secretário Estadual dos Assuntos da Copa do Mundo. O engenheiro Evandro Mota, inclusive cobrou em sua excelente apresentação uma maior transparência neste delicado tema. A própria mídia vem fazendo um belo trabalho na cobertura e acompanhamento dos investimentos financeiros nos estádio e legados do evento da FIFA, e precisa ser assim mesmo. A Gazeta do Povo esteve representada com seu editor de esportes, e merece todo o respeito do povo paranaense na cobrança de transparência no investimento de dinheiro publico, fato reforçado pelo palestrante Evandro Mota. Este mesmo ideal e busca pela excelência do fair play foi assunto na palestra sobre arbitragem. A necessidade de profissionalismo, ética e sentida da importante função do arbitro de futebol, foi mencionada por Evandro Roman, secretario de Esportes do Estado do Paraná. Só assim, seria possível uma padronização na preparação física dos mesmos, ao nível dos atletas de futebol.

Para finalizar este relato destaco a ambição dos técnicos de futebol paranaense em fazer de nosso futebol um centro de referencia de qualidade, ética e esportividade se nivelando ao eixo RJ-SP, recolando CAP e PC juntos com CFC, na elite de nosso futebol.

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