domingo, 28 de fevereiro de 2010

Para gostar do esporte

http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=978071&tit=A-incoerencia-de-Dunga

Existe uma obra literária chamada: Para gostar de ler.

São pequenos textos de autores consagrados que despertam na juventude o gosto pela leitura.Se eu tivesse o poder de escolher alguns destes textos para incluir em um livro eu facilmente apontaria as colunas do craque Tostão.Ele tem uma visão muito clara do que o esporte representa aos torcedores, e explica de maneira didática tudo que devemos saber do jogo.

Eu criaria um livro chamado: Para gostar do esporte, e usaria toda a reflexão do escritor.

Nesta coluna, ele faz a leitura exata da falta que fará mais um jogador de talento no meio campo.Até agora, apenas Kaká foi convocado, e o técnico não acena para a possibilidade de chamar Ronaldinho e muito menos o paranaense Alex. Concordo com o craque Tostão e acho que apenas Kaká representará uma falta muito grande de talento. E ele será muito bem marcado.E quando isto acontecer da duas uma: Ou o Kaká levará o time das costas e será o craque da copa, ou sofrerá com marcações duras e sucumbirá, prejudicando o bom futebol da seleção brasileira que sucumbirá junto dele.

Com a palavra o craque:

Tostão

A incoerência de Dunga

Publicado em 28/02/2010 tostaocoluna@yahoo.­com.br

Nesta semana, assisti, no programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, a uma ótima e bem-hu­­mo­­rada entrevista com o ex-craque Mazzola. Ele jogou a Co­­pa de 58, pelo Brasil, e, a de 62, pela Itália. Na época, era permitido. Mazzola é comentarista da TV italiana.

Dizem que Mazzola, antes da Copa de 58, já teria contrato com o Milan. Por isso, não teria se concentrado e perdido a vaga de titular para Vavá. Mazzola nega. Essa é uma das milhares histórias do futebol, negadas e/ou nunca confirmadas. A versão é sempre mais atraente e duradoura que o fato.

Saiba mais
Conformismo

Mazzola é cidadão brasileiro e italiano. Mais brasileiro que italiano. Falou que torce pelo bom futebol. Hoje, pelo Barce­­lona.

Mazzola apontou Brasil, Espanha e Inglaterra como favoritas na Copa. Coloco Brasil e Espanha no primeiro grupo e, com um pouco menos chance, Inglaterra, Itália, Alemanha, Holanda e Argentina. Não desprezem a Argentina nem o técnico Maradona.

O futebol mudou. O Brasil, que sempre teve muitos craques no meio-campo (volantes e clássicos meias-armadores), não tem um excepcional jogador nessa posição, convocado ou não. Kaká, Ronaldinho, Robinho e Alex são meias de ligação ou meias-atacantes.

A Argentina, que sempre teve excelentes meias de ligação, não terá, na Copa, nem na reserva, um único jogador dessa posição. Verón é volante. Ri­­quelme e outros meias não fo­­ram chamados para o último amistoso.

O Brasil não é um dos principais favoritos ao título somente porque tem uma equipe pronta e organizada. É, principalmente, porque possui o melhor goleiro do mundo, os dois melhores laterais-direitos, um dos três melhores jogadores do mundo (Kaká), quatro zagueiros que estão entre os melhores (Lúcio, Juan, Luisão e Thiago Silva), um excelente centroavante (Luís Fabiano), além de Ronaldinho e Robinho, que podem crescer no Mundial.

Existe uma máxima no futebol de que jogo se ganha no meio-campo. O Brasil tem ótimas chances de ser campeão do mundo, sem meio-campo. Ou melhor, com um meio-campo apenas forte e marcador. Dunga vai revolucionar o futebol.

Será mais uma evidência de que o talento nesse setor não tem mais a mesma importância. Será o reconhecimento e a valorização da mediocridade.

Mazzola disse que prefere, mesmo jogando mal, um jogador que coloca o companheiro uma ou duas vezes por jogo na cara do gol, como Ronaldinho, a um disciplinado e regular. Mais que isso, Ronaldinho, há vários meses, joga bem e com regularidade. Sua situação não tem nada a ver com a de Romário, em 2002. Romário não tinha condições de jogar bem a Copa.

Ronaldinho atuou mal, sob o comando de Dunga, porque estava mal em seus clubes. Agora, é diferente. Preferir jogadores que não estão bem em seus clubes, somente porque atuaram algumas vezes bem na Seleção, deixando de fora outros sabiamente melhores e em forma, é uma decisão incompreensível e incoerente.

Quando uma pessoa quer ser excessivamente racional e coerente, mais até que a própria racionalidade e coerência, torna-se refém de seus dogmas e perde a racionalidade e a coerência.

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