segunda-feira, 11 de março de 2013

Empate xoxó

O campeão do primeiro turno não podia ter uma estreia pior neste segundo turno. Depois de uma vitória jogando fora de casa contra o Londrina em um jogo de muita polemica, eu esperava uma grande atuação. Dificultado por uma disciplina tática do time dos Campos Gerais. O Operário fez o que o Coxa fez contra o Londrina na semana passada. Armou um ferrolho. Aproveito para acrescentar um pouquinho na discussão em torno da polemica criada no norte do Paraná. Acredito que boa parte da indignação do torcedor londrinense se deu por que o Coritiba se acovardou. Jogou todo atrás. O Londrina deu a impressão a toda sua torcida que a vitória viria. E que ela só não pode acontecer em função da arbitragem. Erro recorrente de uma equipe que se entregou ao seu limite. Mesmo que este limite não tivesse sido o suficiente.

A dívida com todos forçou o técnico do Coxa mudar seu discurso, dizendo que a partir daquele momento sua equipe precisaria jogar mais. E sua primeira atitude foi a mudança do esquema. Saiu o zagueiro Pereira e entrou o volante Djair. Eu admito que não consigo entender o que esta atitude tem haver com um futebol mais leve e ofensivo, principalmente por que a equipe poderia crescer no esquema anterior. Prejudicado por lesões a equipe ainda perdeu Rafinha e Gil. A equipe que entrou escalada com o excelente goleiro Vanderlei, Patrick, Leandro, Chico e Eltinho. Willian, Robinho, Djair e Alex. Arthur e Deivid.

Nesta nova formatação, Djair seria o fator surpresa, somando a linha de dois armadores. Entretanto, não funcionou. Nada contra o desmanche do esquema com três zagueiros considerando que o veterano Pereira foi sacado da equipe, não ficando sequer no banco. Mas, principalmente pela entrada de mais um volante. Inclusive, eu ouvi o técnico Marquinhos Santos afirmado que o desequilíbrio dos sistemas adversário seria forçada com o adiantamento de Chico para meio, como elemento surpresa. E me confundi ao perceber que mesmo sendo usado com argumento de um futebol moderno e técnico mudou sua estratégia de jogo neste jogo em casa, colocando o promissor Djair no time. Além do craque Alex, e o excelente Robinho na armação a equipe teria mais um armador. Eu acho que seria muito melhor, colocar mais um meia. Tipo o Zé Rafael, o Lincoln ou mais um atacante. Eu colocaria o jovem peruano Raul Ruidiaz.

Na frente, o técnico optou pelo guerreiro Arthur. Jogador voluntarioso. Porém, sem qualidade para substituir ao craque Rafinha. E foi aí que começaram os problemas. Arthur e Djair não se encontravam no jogo. Diferente da dupla Robinho e Alex que foram responsáveis pelo golaço de abertura do placar em uma belíssima tabela. Robinho deixou o craque Alex livre na área para marcar o primeiro gol do jogo. Mas, foi pouco. Nosso adversário jogava por uma única bola. Da mesma forma que o Coxa jogou em Londrina. E a única jogada deu certo. Em uma finalização rasteira, a bola desviou em Chico e tiro as chances de defesa do excelente goleiro Vanderlei. O empate não foi tão injusto assim. O ataque coxa-branca não funcionou com Arthur e Djair. E foi prejudicado pela saída de Deivid e a entrada do limitado Júlio Cesar. Nem mesmo a reclamação de um pênalti ou a anulação equivocada do gol de Patrick em uma bela finalização de Ruidiaz que explodiu na trave e o lateral pegou o rebote, ameniza o sentimento de frustação. Apesar de que o peruano merecia o gol.

Alex de Souza - Coritiba 1 x 0 Operário

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