O Alex voltou

“Este empate acabou ficando de bom tamanho para a volta do menino de ouro que cresceu, amadureceu e agora tem que ser tratado como Rei. “

Coritiba, 26 de janeiro de 2013

O Alex voltou. Finalmente, depois de tanto tempo a torcida do Coritiba pode vibrar com seu maior ídolo em campo. Alex, vestiu a camisa do Coritiba em seu primeiro jogo nesta volta e mais uma vez deu conta do recado.

Ele comandou o meio campo coxa-branca na luta para medir forças contra o aguerrido time argentino Desportivo Colón. E não me decepcionou.

Com uma equipe mesclada de novos valores, com alguns reforços e alguns remanescentes do ano passado, o técnico Marquinhos Santos mandou a campo; Vanderlei, Gil, Escudeiro e William Rodrigues. No meio Guaraci, Willian Farias, Rafinha, Lincoln, Alex e Deivid.

Salvo a falta de uma melhor condição física somada a falta de um melhor entrosamento a equipe jogou dentro de seu limites. Prejudicada, por uma escolha errada do técnico MS, optando por dois laterais longe de uma melhor fase. Apesar disto, não faltou emoção ao torcedor. E sobrou entrega.

No primeiro tempo, o posicionamento defensivo do time argentino permitiu uma melhor cadencia do jogo por parte do experiente time do Coxa que trabalhava a bola sem causar dificuldades ao time adversário. Insisto que a ausência de jogadas pelos laterais dificultam as ações ofensivas da equipe. E ficaram pior na tentativa equivocada do técnico MS, trocando os posicionamentos de Gil por Guaraci.

E foi no fim do primeiro tempo que o jogo ganhou emoção e o Coxa perdeu velocidade, com a expulsão de dois jogadores: O craque Rafinha e o zagueiro argentino em uma troca de agressões.

Com a volta para o segundo tempo, a estratégia errada do técnico MS ficou evidente. Sem um jogador de velocidade, sem apoio de qualidade dos laterais a equipe continuou cerebral demais. Pior, deixava a equipe vulnerável com pouca marcação do meio, expondo a zaga e sobrecarregando o volante Willian Farias. O ritmo do Coxa fica cadenciado demais com dois jogadores com as mesmas características: Alex e Lincoln.

Esta dificuldade reforça minha opinião que ambos não podem jogar juntos. A equipe fica previsível, sem saída em velocidade. E para reforçar este argumento, desgasta o motivado Rafinha, único jogador de velocidade, que passa o sofrer pela forte marcação e foi o que aconteceu hoje, quando cansado de apanhar o atacante revidou e foi acertadamente expulso.

Com estas dificuldades descaradas o jogo ficou complicado, e piorou quando em um erro individual do jovem zagueiro William a bola sobrou para o atacante argentino que cabeceou na saída do goleiro Vanderlei: 1 x 0 para os visitantes.

Aos poucos, as tentativas de jogadas individuais foram sendo trocadas pelas bolas paradas que, quase foram efetivas com o craque Alex em quatro oportunidades. O craque tirou o suspiro da galera quando forçou uma bela defesa na primeira cobrança no segundo tempo, por duas vezes acertou a trave e por uma vez, balançou as redes em uma cobrança de escanteio, que fez uma curva por fora, sendo corretamente invalidado pelo bandeira Bruno Boschilia.

Sem apresentar desconforto pelo início da temporada a equipe continuo insistindo e Deivid teve duas oportunidades. Na primeira, ele foi surpreendido por uma bola fácil e finalizou erradamente para fora e na segunda, de cabeça, nos últimos segundo do jogo, ele cabeceou sem defesa, empatando o jogo. O gol deu números finais concretizando um resultado mais justo, em função de tudo que ambas fizeram em campo.

Este empate acabou ficando de bom tamanho para a volta do menino de ouro que cresceu, amadureceu e agora tem que ser tratado como Rei.