quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dois pesos e duas medidas

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Alguém assistiu ao Bate Bola da ESPN hoje? Acho que não, todos devem estar trabalhando. Como eu ainda estou férias pude ver o programa.

A matéria que eu chamo a atenção é esta: http://espn.estadao.com.br/noticia/306570_acusados-de-matar-torcedor-afirmam-terem-recebido-apoio-de-ex-dirigentes-do-flamengo

Este é uma denuncia gravíssima. Séria! Tratada de maneira profissional pelo Estadão e divulgada na ESPN. Parabéns!! Doa a quem doer. A verdade precisa ser mostrada.

Porém, como torcedor do Coritiba, não pude deixar de notar que o tom de voz usada pelos jornalistas, assim como a reflexão feita por eles foi bem diferente daquela usada nos dois episódios envolvendo a torcida do Coritiba.

Todos se lembram daquela invasão ao campo no brasileiro de 2009 e também aquela tarde infeliz em que uma torcedora do SPFC foi hostilizada por meia dúzia de torcedores do CFC. Naquelas ocasiões, os torcedores do Coritiba foram taxados de violentos e vândalos. No episódio de 2009 o clube foi sentenciado – pela mídia – e depois pelo STJD com a perda de trinta mandos de campo e alguns pediram a queda para série C. A situação deveria ser usada como exemplo para todos de que em nosso país a justiça iria prevalecer. Reflexão bem diferente a esta de hoje.

Um argumento que eu concordo é que “TODOS” os clubes do Brasil precisam tomar cuidado com as torcidas organizadas pois podem tornar-se reféns dela. E entendi também que a violência é um problema social, que eu também concordo. Entretanto, nas ocasiões o problema parecia ser com a torcida do Coritiba. Estranho que estes argumentos foram esquecidos quando o Coritiba foi “vitima” de meia dúzia de torcedores.

Gozado!!! Como eles gostam de dizer: “ dois pesos e duas medidas”. Espero que a hipocrisia da mídia carioca e paulista um dia acabe. Por que estou farto da falta de ética no tratamento destas situações graves. O Coritiba pagou pelo erro de seu torcedor. E agora?? Qual a punição será dada ao Flamengo?? Pelo tom de voz e pelo rumo da prosa, nada. Já mudou a presidente. Vida nova. Novas esperanças ao clube carioca. Pena que esta noticia não foi vinculada antes. Que pena!! Alias, desde quando a mídia carioca esta investigando isto??

Para mim a punição para o clube carioca precisa ser inédita: Se o Coxa pegou 30 mandos o Flamengo precisa tomar 100. E também deveria caçar aquele contrato milionário da TV. Para ser um exemplo. Baseado no que aconteceu ao Coritiba. Justiça seja feita!!! Cadeia e punições sérias ao Flamengo. Ou será que o clube esta acima dos outros. É tem coisas que só acontecem ao...CORITIBA.

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Acusados de matar torcedor afirmam terem recebido apoio de ex-dirigentes do Flamengo

Por Gabriela Moreira, para o ESPN.com.br

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Ingressos e até relógios eram fornecidos pelo Flamengo à torcida organizada
Viagem paga pelo Flamengo teve espancamento e uso de drogas

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Tolerância que fez com que acusados de cometerem um assassinato, recebessem, na prisão, visita de dirigentes do Flamengo, dois dias depois do crime. É o que afirmam dois presos pela Divisão de Homicídios. Segundo eles, através dos emissários, o clube teria oferecido ajuda financeira e jurídica para se defenderem das acusações.

De acordo com o depoimento de um dos presos — que é um dos acusados de matar o torcedor da Força Jovem Vascaína Diego Martins Leal, em agosto passado — o então vice-presidente deFinanças do Flamengo, Michel Levi, teria ido à carceragem acompanhado do diretor financeiro da Jovem Fla, Alexandre Medeiros, que acabou preso três meses depois.

O depoimento deste acusado é repetido por outro integrante da TJF, preso na mesma ocasião.

Dirigente nega ida à prisão e outro confirma
No dia 6 de dezembro, Michel Levy prestou depoimento em cumprimento à intimação policial. Ele negou a ida à prisão e disse que não manteve qualquer relacionamento com os presos. Informou, ainda, que na data citada pelos acusados estava fora do Rio.

Já outro dirigente, Luiz Cláudio Cotta da Silva, conhecido no Flamengo como Cacau Cotta confirmou que visitou o preso na cadeia. Segundo ele, que à época era o vice-presidente Social do clube, esteve com o acusado numa manifestação de solidariedade.

Na ocasião, disse Cotta à polícia, ele colocou o clube à disposição para ajudar a família do preso.

Quanto a ter ajudado os acusados financeiramente, Cotta respondeu: “não se recorda de ter entregue qualquer quantia para o preso”.

Por dois dias, Michel Levy foi procurado pela ESPN para comentar os depoimentos nos quais foi citado. Ele não retornou aos recados deixados pela reportagem. 
Os depoimentos dos dirigentes foram colhidos no decorrer da operação Fair Play, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio. Onze integrantes da Jovem Fla foram presos e denunciados pelo Ministério Público. O grupo responde pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha, em processo que corre no II Tribunal do Júri.

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