domingo, 4 de julho de 2010

Copa não é tudo

O Craque Tostão .

Faz um reflexão sobre a analise fria dos resultados em um copa do mundo. Mais uma vez concordo com o "craque dos gramados e da crônica", quando ele escreve que não se pode concluir sobre os jogadores e seleções por um mês de competição. Sem duvida, um mês e muito pouco para avaliar o talento de qualquer personalidade esportiva.

Devo destacar na que na 1ªfase a sorte prevalece na definição dos adversário da chave e a classificação em 1º ou 2º defini a seqüencia da competição, neste interessante funil do futebol. O talento e influencia de um jogador para o historia esportiva de um nação será evidenciado pelos serviços prestados ao futebol ao longo da sua trajetória, é não em um mês de disputas, e talvez um grande exemplo seja o craque do passado: Zico,  citado por Tostão em sua coluna. Ganhou tudo em clubes, em um carreira brilhante e inabalável e nunca foi campeão em uma copa do mundo.

E para finalizar, esta festa do futebol ja tinha data prevista para terminar, e segue a vida, administrando as vitorias e derrotas esportivas.

Prof. Carlo

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TOSTÃO

Leia aqui o texto original do craque Tostão

Publicado em 04/07/2010 | tostaocoluna@yahoo.com.br

Apesar da importância de uma Copa do Mundo para o futebol, para os jogadores e para as seleções, não é de bom senso definir conceitos e projetar o futuro por causa de um torneio de apenas sete jogos, sendo quatro mata-matas.

Como disse Paulo Calçade [jornalista], a melhor seleção é a que foi melhor neste mês. Se fizerem outra Copa um mês depois, os resultados serão diferentes.

O tempo é sábio. Muitas coisas acontecem no Mundial, que têm grandes destaques, são esquecidas. Outras, que não foram ressaltadas, serão lembradas.

Na avaliação da carreira de um jogador, deveria se dar muito mais importância à média de suas atuações no clube que a atuação em uma Copa do Mundo tão curta. Zico não brilhou intensamente em uma Copa. “Azar da Copa”, já disse Fernando Calazans [jornalista].

A avaliação de uma seleção não pode ser somente pela vitória ou pela derrota. Algumas seleções que perderam, como a Hungria de 1954, a Holanda de 1974 e o Brasil de 1982 continuam sendo lembradas como grandes seleções da história. Obviamente, não é o caso da atual seleção brasileira.

Messi não deixou de ser o me­­lhor do mundo porque a Argentina foi eliminada pela Alemanha, e ele não fez um único gol na Copa.

As virtudes do Brasil, bastante conhecidas antes da Copa, como o excelente contra-ataque, as jogadas aéreas e a grande qualidade do goleiro e dos zagueiros não acabaram por causa de uma eliminação da Copa.

As partidas não são decididas somente pela técnica e pela tática. Tino Marcos, brilhante repórter da tevê Globo, que estava no gramado no jogo do Brasil contra a Holanda, me disse que achou que os jogadores brasileiros estavam mais relaxados que o habitual, antes da par­­tida. O Brasil sofreu dois gols porque se desconcentrou, por erros técnicos ou porque entrou em campo o imponderável, que não avisa quando ou onde vai acontecer e que não há como evitá-lo? Ou seria tudo isso? Nunca teremos a exata explicação.

A Copa se tornou um grande negócio para a Fifa, patrocinadores e investidores. Para o torcedor brasileiro, além da emoção e do prazer de assistir a um Mundial, é uma catarse dos impulsos reprimidos e uma exacerbação de sentimentos ufanistas e nacionalistas. Está certo o Brasil parar por causa de uma disputa esportiva, como se fosse uma luta pela soberania?

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