terça-feira, 24 de agosto de 2010

Crítica engenhosa

Gazeta do Povo
Institutos de engenharia e arquitetura criticam “escolha política” da Arena para o Mundial, em detrimento de uma “avaliação técnica”

Publicado em 20/08/2010 | Marcos Xavier Vicente

O Instituto de Engenharia do Pa­­raná (IEP) e a seção paranaense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PR) emitiram ontem em conjunto um manifesto sobre as decisões referentes à escolha da Arena como sede da Copa 2014. Não faltaram críticas à opção do poder público ao apontar o estádio atleticano.

De acordo com a carta, levaram-se em conta apenas “decisões políticas” na definição da praça de esportes curitibana para o Mun­­dial. “Do jeito que está sendo encaminhado, o processo está fugindo da discussão técnica. Queremos que os profissionais capacitados sejam ouvidos nas decisões”, argumenta o presidente do IEP, Jaime Sunyé Neto.

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Segundo ele, tanto a proposta do complexo do Tarumã – que teria como sede o local onde hoje se encontra o abandonado Estádio Pinheirão –, quanto a do Durival Britto e Silva, no Jardim Botânico, seriam viáveis. Mesmo assim, afirma o presidente do IEP, ambas não foram avaliadas com a acuidade técnica que uma obra desse porte exigiria.

“Não somos contra a escolha da Arena da Baixada. Só queríamos que todas as possibilidades fossem avaliadas com a mesma atenção”, aponta Sunyé.

Em relação à casa paranista, o presidente do Instituto de Enge­nharia diz que, além de o estádio ser próximo ao Centro, fica perto também da rodoferroviária, tem linhas de ônibus expresso no entorno e possui acesso fácil a vias rápidas e à Avenida das Torres, principal ligação com o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

“Há também a questão de espaço. O entorno da Vila Capa­­nema tem uma área propícia para a construção de estacionamento”, elenca.
O presidente do IEP diz que a grande vantagem da Baixada é a obra já estar praticamente concluída. Mas que esse não seria um problema tão grave para as outras duas opções. “O estádio em si não é uma solução difícil. [A construção] Pode ser resolvida em dois anos. O mais difícil, que demanda mais tempo, são as obras estruturais e urbanísticas.”

Sunyé ainda critica a escolha do uso do potencial construtivo como alternativa financeira para a conclusão do Joaquim Américo. “Te­­mos certas reservas quanto a isso, pela possibilidade de o potencial construtivo de outras áreas se desvalorizar pela prática adotada na Baixada”, diz.

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