sábado, 13 de novembro de 2010

Biografia de Edson Foreman

Este texto é o resultado do trabalho realizado pelos alunos das 8ª as séries do CEPAMM, neste projeto de debater o “fair play” evidenciando valores esportivos que utilizam o esporte como meio de resgate social.

Edson Cesar Antônio, de família humilde morou em sua cidade natal, Sorocaba, ate os dez anos; quando seus pais, a procura de melhores 24oportunidades profissionais mudaram-se para Colombo, região metropolitana de Curitiba. No principio, a família continuou passando necessidades e as crianças, inclusive o Edson, davam sua colaboração no orçamento familiar, vendendo balas, doces, pão feito em casa e até peixe.

Edson era bom aluno, comportado, mas não se destacava dos demais. Nas aulas de educação física ele não se sentia bem, pois não tinha habilidade para o futebol, sendo sempre o último a ser escolhido por seus colegas na formação dos times. Esta pouca habilidade com esportes coletivos o encaminharam para as artes marciais. Por ser constantemente perseguido na escola em função do seu excesso de peso, ele reagia ao bulling e as provocações de maneira agressiva e violenta, pois os jovens daquela comunidade, não encontravam outra forma de se expressar e relacionar com o mundo. Ele estava mesmo predestinado ao boxe.

Edson começa a treinar o pugilismo aos treze anos de idade na Praça Osvaldo Cruz, no centro de Curitiba, com Rubens PERRUCHAM, em um projeto de assistência a comunidade através do esporte oferecido pela prefeitura municipal de Curitiba. Inspirado pelo ícone do esporte da época; Mike Tyson, Edson procurou no boxe a forma de resolver seus problemas crônicos de obesidade que o acompanhava em toda sua infância. Como não poderia ser diferente, o inicio de carreira foi sofrido, pois faltava dinheiro para o transporte até a academia e uma alimentação adequada. Mesmo assim, o primeiro título no amador veio aos 15 anos. Com o título, a confiança tornou-se maior, somado ao apoio irrestrito de seus pais, e amigos, que se juntaram ao ideal de Edson em seu primeiro nocaute. O treinamento intensivo, e uma dieta melhor equilibrada revelaram o biótipo ideal para o boxe, evidenciando seu porte físico avantajado sobre os demais atletas da academia, condições que lhe renderam o nome de guerra: Foreman, alcunha que o acompanha em toda sua carreira. A primeira vez que ele usou o nome foi em uma competição na cidade de São Paulo, principal polo do esporte nacional. Ele concedia uma entrevista para a TV local, quando o mencionou ao repórter. Hoje este nome escolhido por acaso tem projeção nacional e internacional. Na atualidade, ele luta nos meio legais, para mudar seu nome legitimo para Edson Foreman Antônio, pois batizou seu filho de Edson Foreman Filho.

Os problemas financeiros sempre o acompanharam no início de sua trajetória no boxe, visto que neste país não existe uma política esportiva pública ou privada, que dê condições ideais de treinamento em alto nível de performance a atletas em inicio de carreira. Para competir em São Paulo, ele trabalhava como segurança chegando ao ponto de omitir sua verdadeira idade. Nesta fase ele conhece o técnico.......que lhe ensinou a fundamentação básica de tática e estratégia no ringue, habilidade aprimorada com o tempo e a experiência. A importância deste professor foi tão grande, que Edson cita seu nome com reverência até os dias de hoje.

Por meio do Boxe, Edson viajou pelo mundo. Conheceu outros países com diferentes culturas, línguas e religião. Lutou na Europa: na Itália e Alemanha. Presenciou eventos de boxe e vivenciou situações do cotidiano que o fizeram mudar sua impressão sobre temas importante do contexto social, como o doping de conhecidos e algumas decisões injustas de juízes contra atletas de países de fora. É importante ressaltar que a ética esportiva do “fair play”, mesmo que corrompido por muitos, nunca foi negado por ele, devido a suas convicções de seus valores morais. Suas viagens lhe permitiram conhecer grandes atletas que ele sempre idolatrou. Pessoas como os irmãos Klirschko, Wladimir e Vitali, expoentes dos pesos pesados. Seu grande sonho ainda persiste um dia conhecer o ídolo maior do esporte: Mohamad Ali, ícone do esporte mundial dos anos 60 e da historia da humanidade. Este esporte, quase desumano e insalubre lhe deu condições de oferecer uma condição de vida digna a sua família, realizando o principal sonho de seu pai: Conquistar sua independência financeira.

Dentre as muitas lutas, Edson guarda como melhor recordação, o confronto contra.....aconteceu na Itália, no ano......,em que o lutador italiano chegou a ficar com o rosto todo deformado, em função da violência dos golpes aplicados por ele, sua superioridade no ringue notável a qualquer leigo, mas a luta foi decidida por pontos.O resultado final surpreendeu ao “staff” de Edson e a todos que acompanhavam a luta no ginásio ou pela TV. A vitória foi dada ao italiano. Apesar disso, ele não guarda nenhum tipo de rancor ou decepção, muito pelo contrário, esta derrota serve de grande motivação para intensificar seu treinamento, para ter condições de terminar todas suas lutas com nocaute técnico a seu favor.

O boxeador hoje fixado no Paraná tem em seu cartel 39 lutas, 36 vitorias, com 28 nocautes e três derrotas. Entretanto, a maior derrota de sua vida, foi a perda de seu pai, maior incentivador de sua carreira. Esta perda emociona o lutador a todo o momento em que toca no assunto. Deixou marcas que nunca passaram. O amor que ele nutre por seu pai é tamanho a ponto de dedicar todas suas vitórias em memória de seu grande modelo de hombridade e caráter. Os valores morais passados por seu pai fizeram dele homem, na concepção da palavra, espelho para seu filho.

Seu sucesso como atleta transformou sua vida. A dura rotina do boxe, dos treinos extenuante e as lutas violentas o motivaram a projetar seu futuro. Encerrar a carreira de pugilista profissional, terminar seus estudos e prestar processos seletivos para ingressar no ensino universitário e cursar educação física. Ele se dedica a ensinar novos valores do esporte tudo o que ele aprendeu a duras penas. Seu futuro, planejado nos seus últimos de profissional, facilitaram a elaboração de um Projeto Assistencialista na Vila Zumbi, bairro humilde de Curitiba, onde ele poderá a ajudar e resgatar jovens que tem um historia de vida parecida com a dele. Suas raízes e dificuldades no inicio de carreira, sua preocupação com ética esportiva das diversas organizações de boxe são a inspiração para continuar lutando. Entretanto, em outros ringues.

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